IV Simpósio Nacional de Estudos Agostinianos

20/07/2021 • GT Agostinho de Hipona e o pensamento tardo-antigo

As Confissões de Santo Agostinho: entre o humano e o divino

 

Interioridade e revelação são experiências fecundas no grande gênio das Confissoões. Sua escrita procede no sentido de procurar compreender de que forma a natureza humana na sua fragilidade pode reconhecer a presença do absoluto no interior da alma. O conhecimento da presença de Deus nas criaturas é marcado pela experiência do homem interior e não se faz sem o mergulho mais profundo na história, no tempo e nas sensações do homem exterior, acolhendo a debilidade do humano com todas as suas vicissitudes.

O nosso IV Simpósio de Estudos Agostinianos faz parte do GT/ANPOF “Agostinho de Hipona e o pensamento antigo-tardio”, que foi criado em 2018 com o principal objetivo de reunir pesquisadores no Brasil e compartilhar conhecimento na área de filosofia agostiniana e suas relações com autores da antiguidade-tardia. Sabemos que a História da Filosofia nos apresenta a figura de Agostinho de Hipona como um Pensador incontornável na compreensão da forma mentis do Ocidente, dado que a sua obra estabelece a ponte entre o legado da antiguidade e o medievo, de um modo criativo e original, motivo pelo qual ele deve ser considerado um pensador de fronteira, como aquele que dialogou essencialmente com as diversas tendências da filosofia helênica, neoplatónica e estoica, permitindo diferenciar os modelos de pensamento helénico e cristão, atuando nos diversos campos dos saberes filosóficos, a moral, a ética, a psicologia humana, tratando com esmero e intuição os temas das paixões da alma, da liberdade e da vulnerabilidade da natureza humana no seu desempenho para alcançar o seu fim último.